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17 de fevereiro de 2011

Taxa de desemprego das mulheres atinge 11,9%

Se é verdade que o desemprego em Portugal atinge hoje níveis nunca vistos, também é verdade que o flagelo de desemprego é sempre maior nas mulheres.
Fonte: Inquérito ao Emprego INE

Como o gráfico acima ilustra o desemprego nas mulheres foi sempre superior ao dos homens no período em análise, entre 1998 e 2010, com essa diferença de taxas de desemprego a variar entre um mínimo de 1,3 pontos percentuais em 2009 e um máximo de 2,5 pontos percentuais em 2006. Em 2010 essa diferença foi de 2,1 pontos percentuais.

Em 2010 o nº de mulheres no desemprego em sentido restrito foi de 315 300, mais 47 900 do que em 2009 e mais 28 000 do que o nº de homens no desemprego em 2010.

Mas a taxa de desemprego mais elevada das mulheres é apenas um indicador das dificuldades que as mulheres têm em aceder ao mercado do trabalho, porque há outros menos conhecidos. A taxa de actividade das mulheres é bem inferior à dos homens, por exemplo em 2010 era de 48,3% enquanto a dos homens era de 57% e consequentemente a percentagem de mulheres inactivas é bem superior à dos homens. Basta dizer que em 2010 havia 493 300 mulheres consideradas domésticas e como tal fora da vida activa e homens eram apenas 2 700.

É verdade que ao longo dos anos se tem verificado uma crescente inserção das mulheres no mercado do trabalho, mas também aqui estamos ainda muito longe de uma situação de igualdade entre homens e mulheres.

Ela são em maior percentagem no desemprego e dentro deste estão à mais tempo no desemprego e quando empregadas são em maior percentagem no trabalho parcial e no trabalho precário.

Muito caminho tem ainda de ser percorrido para que homens e mulheres se encontrem em igualdade no mercado de trabalho, como na vida. 

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