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16 de agosto de 2011

Economia Portuguesa cai e aprofunda divergência em relação à Europa no 1º semestre

INE e Eurostat divulgaram hoje as 1ªs estimativas do PIB no final do 2º trimestre de 2011. Portugal continua a divergir do resto da Europa e desta forma aprofunda-se o fosso que nos separa dos restantes países da União Europeia. Em seguida apresento algumas notas em torno dos dados hoje divulgados: 

Os dados agora divulgados pelo INE referentes à estimativa rápida do PIB no 2º trimestre do ano, confirmam a queda da economia portuguesa no 1º semestre, quer em termos homólogos (- 0,7% comparativamente com o 1º semestre de 2010), quer em cadeia (-0,9%, se comparado com o 2º semestre de 2010).
A queda da evolução do PIB (em clara divergência com as restantes economias europeias, com é hoje confirmado pelo Eurostat), resultou da acentuada diminuição da Procura Interna - queda no Investimento, no Consumo das Famílias e nas Importações -, não compensada pela evolução das Exportações.
Esta evolução agora registada associada ao inevitável impacto negativo na evolução do 2º semestre, resultante das medidas recessivas tomadas pelo actual Governo, – sobretaxa de 50% sobre o subsídio de Natal, aumento superiores a 15% nos transportes públicos em Agosto, aumento do IVA sobre a electricidade e o gás natural de 6% para 23%, cortes no investimento público e na despesa pública corrente – irão certamente acentuar a queda do PIB já registada no 1º semestre e confirmar o presente ano como mais uma ano de recessão económica no nosso país.
As sucessivas políticas de direita responsáveis pela estagnação e recessão em que a nossa economia se tem arrastado na última década decididamente não servem os interesses de Portugal e contribuem para o aprofundamento dos desequilíbrios gravíssimos que já hoje enfrentamos – destruição do aparelho produtivo, défice externo, aprofundamento dos níveis desemprego e agravamento na distribuição do rendimento.   
Torna-se cada vez mais necessária uma política alternativa que defenda os interesses do povo e dos trabalhadores portugueses, que aposte no aumento da produção nacional, que promova o investimento público, que valorize os rendimentos dos trabalhadores e dos reformados e que dinamize o mercado interno, através do apoio às micro, pequenas e médias empresas nacionais.

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