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14 de fevereiro de 2013

Os contribuintes ao serviço dos Bancos






Os trabalhadores, o povo, os pequenos e médios empresários, os contribuintes a pagar as trafulhices e a especulação dos banqueiros

Uma boa parte dos resultados apresentados pelos bancos portugueses deve-se aos lucros obtidos com a dívida pública. Quer quanto aos bancos que tiveram lucros, quer quanto aos bancos que tiveram prejuízos, que seriam muito maiores se não tivessem obtido resultados espectaculares com a dívida pública. Estima-se que os ganhos obtidos pelos maiores bancos tenham sido de cerca de 2 mil milhões de euros! (metade dos 4 mil milhões de euros que o governo quer cortar no Orçamento).
E quem é que paga esta desalavancagem, este endividamento da banca?
Os contribuintes, os trabalhadores, os pequenos e médios empresários!
No entanto a banca continua a especular e o crédito também continua a rarear na economia!
O que se passa em Portugal também se passa de uma forma geral na Europa. Segundo um estudo da consultora Ernest & Young, continua a procurar-se que o peso da crise bancária recaia sobre os Estados, isto é, sobre os contribuintes. Segundo esta consultora o montante dos activos tóxicos e duvidosos detidos pelos Bancos da União Europeia, atingiam os 920 milhares de milhão de euros nos fins de 2012, ou seja, mais de 80 milhares de milhão do que em 2011.
O financiamento da limpeza dos activos – quer através dos “bad banques”, quer através de outros veículos – serão feitos pelos Estados. E se houver necessidade de alguma nacionalização ela seguirá a regra: nacionalizar os prejuízos e privatizar os lucros!
Até quando os povos se deixarão manter reféns da banca e dos banqueiros?
No caso português não seria justo que pelo menos uma boa parte dos lucros obtidos com a dívida pública revertesse para o Estado

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