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25 de agosto de 2014

“Se eu fosse presidente”, por William Blum

Se eu fosse presidente, poderia parar o terrorismo contra os Estados Unidos em alguns dias. Definitivamente. Primeiro pediria perdão – muito publicamente e muito sinceramente – a todas as viúvas e a todos os órfãos, às vítimas de torturas e aos pobres, e aos milhões e milhões de outras vítimas do imperialismo Americano. Depois anunciaria o fim de todas as intervenções dos EUA através do mundo e informaria Israel que já não seria mais o 51º estado da União, mas um país estrangeiro. Reduziria então o orçamento militar de pelo menos 90% e consagraria as economias realizadas a indemnizar as vítimas e reparar os estragos provocados pelos nossos bombardeamentos. Sabem a quanto se eleva o orçamento militar para um ano? A mais de 20 000 dólares por hora desde o nascimento de Jesus Cristo. Eis o que eu faria nos três primeiros dias na Casa Branca.

No 4º dia seria assassinado.
 
William Blum
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William Blum tem agora 83 anos, deixou o Departamento de Estado dos EUA em 1967, devido à sua oposição ao que os EUA estavam a fazer no Vietnam.
Foi um dos fundadores e editores do Washington Free Press. Blum tem exposto e denunciado as intervenções da CIA, conspirações e assassínios. É autor de Killing Hope, U.S. Military and CIA Interventions Since World War II, Rogue State: A Guide to the World’s Only Superpower, Mensalmente publica uma “newsletter” intitulada: "The Anti-Empire Report".

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