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24 de dezembro de 2014

É NATAL…

No Natal a dose de hipocrisia atinge o seu máximo anual. É um Carnaval ao contrário, em que os exploradores e opressores das classes populares e trabalhadoras se mascaram de beneméritos, apelando para isso, e principalmente, aos bons sentimentos dos outros, e ganham boa consciência para continuarem as suas formas de exploração o resto do ano.
A caridadezinha, fórmula que seria degradante numa comunidade socialmente evoluída, é apregoada como virtude e, como no tempo do fascismo, faz-se o apelo de “os que podem aos que precisam”.
Este governo pretende agora privatizar a caridade através das IPSS, transformando-a num negócio, uma espécie de PPP à custa da crescente miséria. Nesta sociedade do empreendedorismo até com a miséria se pode fazer negócio e ter lucro!
Tudo isto serve para mascarar a verdadeira caridade que andamos a fazer á força. Se fizermos bem as contas quem tem beneficiado desta forma de caridade a que os governos nos obrigam e escondem do comum dos cidadãos, têm sido são os banqueiros, as Goldman Sachs, etc. Uma trupe de agiotas e especuladores que colocam os rendimentos em paraísos fiscais.
Graças a esta caridade os multimilionários aumentaram em Portugal em 28%, 10% destes  “pobrezinhos” detêm 60% da riqueza nacional; 3 deles detêm mais de 1 000 milhões de dólares. Para isto, tal como referia Almeida Garrett, o número de pobres passou de 2 milhões para 3 milhões desde 2011, os desempregados de 700 mil para 1,4 milhões.
Como lembrança para 2015, deixo algumas canções que embora conhecidas vale sempre a pena recordar.
 

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