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15 de abril de 2016

A Coreia do Norte em foco na RDP

Ontem no programa “Última Edição” da RDP – 2 entre as 18.30 e as 19.00 h dissertou uma senhora que se assumia como refugiada da Coreia do Norte. Curiosamente repetia “mutatis mutandis” o que outros “dissidentes” disseram e dizem de Cuba, Venezuela, Síria, Líbia, China, Rússia de Putin, etc. O que nos leva a crer que a imaginação, pelo menos literária dos centros de propaganda dos “direitos humanos” está deveras limitada.
Onde a dita senhora revelou-se ao dizer que nenhum país ameaça a RPDC. Então ignora as bases militares, as forças armadas estrangeiras estacionadas no Sul, as intensas manobras militares, as esquadras navais com porta-aviões nas proximidades? Ignora os crimes – quase genocídio de um povo – cometidos pelos EUA e aliados na guerra contra o seu país? Ignora que as tentativas e propostas da Coreia do Norte para ser assinado um tratado de paz com os EUA que poria fim ao seu programa nuclear, foram sempre recusadas? Existe apenas um armistício com os EUA, que se mantém como adversário, dispondo de bases e importantes efetivos militares nas fronteiras da Coreia do Norte.
Seria por certo mais” interessante” para os EUA que a RPDC tivesse um Suharto como teve a Indonésia –um criminoso querido do Sr. Kissinger – a China um Ieltsin como teve a Rússia, Cuba e Venezuela, Pinochets, Videlas, Bordaberrys, etc. nunca incomodados quanto aos “direitos humanos” e em Angola talvez um Mobutu para serem defendidos os “direitos humanos” das transnacionais.
Se há país que não tem autoridade moral para falar de direitos humanos são os EUA. E quem o diz são pessoas como Paul Craig Roberts: “O governo dos EUA é a mais completa organização criminosa da História da humanidade”, (http://resistir.info/crise/roberts_09jan16.html ) ou James Petras, Noam Chomsky, Mikael Hudson, Mike Whitney, etc. ou mesmo o ex-presidente Carter.
Os EUA são o país do mundo com mais presos. Estão encarcerados ou em liberdade condicional mais de 6,6 milhões de pessoas. Isto sem falar nas práticas de tortura denunciadas ao Senado e onde a polícia mata por ano mais de 500 cidadãos…
Os “bons espíritos” anseiam por juntar a Coreia do Norte à Líbia, Egito, Síria, Iraque, Afeganistão, Paquistão, Somália, Iémen, Ucrânia (dos neonazi de Kiev) países destruídos e povos em intenso sofrimento em nome da “democracia” e dos “direitos humanos”.
Mas é a Coreia do Norte uma democracia? A pergunta não faz sentido. Primeiro, apenas é aceite como democracia um sistema político que não ponha entraves à hegemonia dos EUA e ao poder das transnacionais; segundo, a pergunta induz à partida que a Coreia do Norte seria o único ou dos únicos países do mundo referenciados como ditadura. Ora nenhum país em estado de guerra é uma democracia e nem é preciso ir à RPDC. Nos EUA e na UE cada vez mais as liberdades e direitos democráticos são cerceados seja por razões de "segurança", seja pelo forçado endividamento e a "austeridade".
Contra a calúnia consultem-se informações s nos seguintes sites:

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