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6 de novembro de 2016

Meretrizes


Quando querem passar por virgens púdicas .


A confissão de Hollande no livro " Un Président de devrais pas dire ça " sobre o acordo secreto que fez com o impoluto Barroso e o não menos impoluto Junker para " maquilhar as contas do défice Orçamental francês deixando a França de fora de um processo de défice excessivo causou um vivo repudio de europeístas comentadores e até de deputados europeus da direita como se nunca tivessem dado conta dos dois pesos e duas medidas , uma para os grandes países e muito especialmente para os do Directório e outra para os pequenos e da periferia. 
Querem nos fazer crer que acreditavam piamente que a U. E é uma união entre iguais , tal como acreditam no pai natal ! Querem agora mostrarem o seu patriotismo com pública e prolixa indignação.
Os europeístas socialistas  também gostariam de fazer o mesmo número mas estão mais contidos.
 Hollande é da família... e , como diz Sousa Tavares na família...
Coitadas destas almas que pensavam , na sua boa fé , que Portugal era na U.E. um país soberano e independente  !
Ainda não tinham dado  conta que o presidente da Comissão já tinha afirmado que a "França é a França" , como ainda não tinham reparado para a  longa condescendência   para com a Espanha com um défice muito superior ao de Portugal o  que lhe tem permitido aumentar o investimento e o crescimento para dar chances a Rajoy e ao PP espanhol .
Nunca repararam nas diferentes posições tidas pela U.E. em relação aos referendos realizados na Irlanda , Dinamarca , França e com o Brexit na Grã Bretanha .
Mas estes paladinos da democracia o que no fundo lamentam é que Hollande tenha tornado público o dito acordo .
No  "Púbico " de hoje , 6 de novembro Teresa de Sousa diz-nos que  " Hollande reconhece que deu ordem aos serviços secretos, para matarem quatro pessoas " E esta irrelevante confissão , esta caridosa banalidade , citada no meio do texto tem este magnífico comentário , certamente em nome dos " Direitos do Homem ":
"Não é que não haja decisões deste género em democracia , desde que fiquem mesmo secretas"
Leram bem ? . Não esfreguem os olhos . 
Na democracia deles mandar matar quatro pessoas aos serviços secretos , os jagunços à mão , é aceitável desde que fique , "mesmo " , atenção , " mesmo secreto  ".
Por mim ponto final. está tudo dito.
Carlos Carvalhas

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