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26 de fevereiro de 2017

As contradições dos Bancos Centrais

Os Bancos Centrais estão cheios de papel . Andam  há dez anos a segurar o sistema e criaram pirâmides colossais de títulos . Agora com receio de nova explosão da crise querem diminuir os seus balanços para ficarem com mais margem de manobra para poderem ir em socorro do sistema .
 FMI , Banco Mundial e a OCDE pedem prudência em relação ao aumento das taxas de juro .
A Fed diz que avançará de pantufas , O BCE afirma que vai continuar a comprar títulos até ao fim do ano embora de forma mais lenta. Londres e Tóquio não não prevêem alterações .
A pressão para que as taxas de juro aumentem são fortes sobretudo  por parte das companhias de seguros e bancos para protegerem os seus rendimentos e de todos aqueles que vivem de rendas . 
Depois um aumento das taxas de juro acentuaria a pressão sobre os governos que saem da norma da política do governo alemão o que agrada ao figadal ministro das finanças alemão
Só que  o aumento das taxas de juro colocará  a questão do reembolso das dívidas , da Grécia , Portugal , Espanha , Itália e França... Muita coisa.
E a redução dos activos dos bancos centrais é outro pesadelo .
Os Bancos Centrais estão confrontados com interesses  contraditórios e estão a navegar à vista . Precisam de tempo , muito tempo para absorver as pirâmides. Mas a agudização das contradições pode não se compadecer com prazos tão longos .

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