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4 de março de 2017

Filmes vistos e a não perder na TV

A televisão tem estado a transmitir novas versões de alguns filmes, que pelo seu interesse não queremos deixar de referir.
Histórias de gangsters – Um filme de notável realismo, repetidamente exibido no canal ARTV em que é descrita a proteção do governo PSD-CDS á fraude, branqueamento de fiscal, lavagem de dinheiro, praticado pelos oligarcas.
A Honra dos Padrinhos – Neste filme destaca-se a cena de Passos Coelho em defesa do seu governo a invectivar o PM quando este revelou o escândalo de terem sido escamoteados 10 mil milhões de euros da fuga de capitais para “paraísos fiscais”. Merece também referência a parte, esta hilariante, de Assunção Cristas a elogiar Paulo Núncio a quem o país muito deveria! O país?! Bem esta gente confunde os interesses do país com os deles próprios e o das oligarquias que defendem.
O Talentoso Mr. Ripley – Agora interpretado pelo governador do B de P, Carlos Costa. Notável a forma hábil em encobrir, não responder ou mentir aos deputados, com um sorriso que desafia o de Leobardo di Caprio. Notável a sua interpretação em esconder as suas responsabilidades atrás do estatuto que lhe é atribuído (vergonhoso do ponto de vista dos interesses do país) pela (não menos vergonhosa) burocracia do BCE, aceite por PS, PSD, CDS. Claro que em termos de gangsterismo financeiro tinha de ser instituída uma “omerta” de que os “paraísos fiscais” são parte.
Outro filme a não perder com várias sequelas – já vai na 4ª ou 5ª pelo menos:
Assaltos em cadeia – Descreve a forma como a finança assalta os dinheiros do Estado e os rendimentos dos trabalhadores e põe o dinheiro espoliado em “paraísos fiscais”. Perante este enredo Al Capone era de facto um primitivo. Hoje figuraria na Forbes, seria elogiado por académicos como o prof. João Duque e receberia doutoramento honoris causa, tal como Ricardo Salgado. Teria pelo menos tantas comendas e nomeações de exemplar empresário de sucesso (!?) como Zeinal Bava.
A mafiosa – Uma série política que a ARTV insiste em dar, protagonizada por Assunção Cristas coadjuvada pela sua “consigniéri” Cecília Meireles. Tem sido notável a veemência com que defendem o indefensável. A tentativa de assassínio político do seu inimigo  Mário Centeno gorou-se quando tiveram de defender Paulo Núncio, um “intocável”, visto pertencer ao grupo mais restrito dentro da “famiglia”.
Os Zombies – Num cenário tétrico burlesco os comentadores defensores do PSD-CDS invadem com o seu ar fantasmagórico e deprimente os media. No último episódio desta série Teodora Cardoso liderava a legião sinistra comandada do além, isto é, de Bruxelas. Laranja mecânica – O filme original iniciava.se com as tropelias de um bando de arruaceiros. Agora Leitão Amaro aparece a protagonizar as arruaças em termos parlamentares e mediáticos do seu grupo parlamentar. Diga-se que desempenha bem o papel que lhe atribuíram. Se o enredo se mantiver vão voltarem-se uns contra os outros.

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