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23 de agosto de 2017

A política a sério de Cristas

O preço da madeira e... fez-se silêncio !

A. Cristas resolveu mais uma vez criticar o governo em relação aos incêndios tema que se houvesse alguma réstia de pudor e seriedade lá pelo CDS seria sempre um tema a pegar com pinças dadas as pesadas responsabilidades que este partido tem no desmantelamento do aparelho de Estado- o menos Estado e Melhor Estado -na política florestal ao serviço das papeleiras e da CAP-na política de encerramento das mais diversas entidades publicas no interior - com a propaganda rasteira e manhosa de que não poderíamos estar a pagar com os nossos impostos a continuação dessas entidades dada a pouca procura que estas tinham etc, etc.
Os guardas florestais pesavam nos nossos impostos diziam mas o combate aos incêndios , as florestas calcinadas , os bens e as vidas que se foram com o fogo não custam nada...
Há dias um deputado do PSD disse na RTP que o abandono do interior , com o mato a cercar as aldeias com cada vez menos gente e população mais envelhecida era um dos grandes responsáveis de  pelas calamidades que se têm vivido. Sem dúvida . Mas o PSD , o CDS e o PS não são os grandes responsáveis pela política que tem levado à desertificação do interior?
A desindustrialização do país não tem nada a ver com o Euro , com as privatizações , com a teoria de que Portugal na EU se devia sobretudo especializar nos serviços..
Não há industria , não há empregos , o pessoal sai , a procura de serviços públicos e outros diminui encerram-se , postos do correio , da EDP  , agências bancárias , escolas , tribunais , centros de saúde...
O país poupou milhões diz ufano o primeiro ministro da altura. E quantos gastou e perdeu com a desertificação do interior ?
Mas devemos continuar com todas as entidades públicas ? Há limites e há o bom senso .
Não se pode é ignorar que a coesão e o equilíbrio regional exigem políticas meios e recursos .
Por último o preço da madeira que levou o particular a desinteressar -se pela limpeza , vigilância e cuidado das suas estrumeiras e pinhais , não tem nada a ver com as privatizações das celuloses e  como o preço que as papeleiras acordam entre si por baixo da mesa ?
Por que será que são rarissimos os comentadores que na imprensa abordam o problema do preço da madeira? Dizem -nos  que as celuloses têm força económica e política , dão anúncios praticam algum mecenato ! Ah!

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