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1 de agosto de 2017

Não levantaremos fantasmas em tempo de férias

Em férias quando , tudo parece correr pelo melhor dos mundos , não é de bom tom falar em fantasmas  que poucos acreditam, mas que os há , há ! 
Desta vez não seremos nós a levantar o fantasma , mas aquele que falou na exuberância dos mercados . Greenspan vem agora alertar para os juros baixos e o risco de bolha nas obrigações. "Tendo em conta qualquer uma das medidas, as taxas de juro reais de longo prazo estão muito baixas e por isso insustentáveis", afirmou, citado pela Bloomberg. Avisou que quando subirem, provavelmente será de forma rápida. E conclui que "estamos a assistir a uma bolha, não no preço das acções, mas sim no preço das obrigações". Ainda assim, alerta que problemas nas obrigações também terão repercussões nas bolsas. E diz que o mercado não está a descontar esse risco. Ou, por outras palavras, a história tem tendência a repetir-se. 
Quando se levanta esta questão a resposta de responsáveis é a de que não está nas nossas mãos ...Se acontecer depois se verá..
Isto é o que se chama ir atrás do prejuízo
 Se se pensa que com grande probabilidade uma nova explosão pode acontecer nos próximos anos não há que tomar medidas ? Pelo menos medidas de cautela que com caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém. 
Por exemplo a administração da Caixa , e o governo Sócrates se soubessem que a "bolha" rebentaria em Agosto de 2007 com o seu auge em 2008 , não teriam sido  muito mais cautelosos no financiamento da La Seda e do chamado projecto estruturante da Pesca Nova , pelo menos dividindo a responsabilidade por mais bancos . Pode dizer-se que , na altura , isso seria dar aos outros lucros com grande potencial de concretização . Mas se pensarmos que a Bolha pode explodir não será  melhor ganhar menos e ir mais seguro ou pelo menos mais acompanhado. Citámos estes exemplos mas poderíamos multiplica-los pelos restantes bancos e empresas e tomar outras medidas em vários outros sectores . Ficará para outro texto.

O Dow Jones foi novamente a estrela da sessão bolsista do outro lado do Atlântico, ao marcar um novo máximo de sempre. O índice encerrou a somar 0,33% para 21.962,83 pontos, o que constitui um recorde de fecho, e na negociação diária chegou a território nunca antes explorado ao tocar nos 21.990,96 pontos.

No passado dia 25 de Janeiro, recorde-se, a euforia tinha sido total: o Dow Jones atingia pela primeira vez o mítico patamar dos 20.000 pontos, fechando acima dessa fasquia. Pouco mais de um mês depois, a 28 de Fevereiro, o índice entrou bem lançado nos 21.000 pontos, num dia em que os mercados reagiram com agrado ao primeiro discurso de Donald Trump no Congresso dos EUA.

Agora, quatro meses depois, o Dow Jones prepara-se para fazer a entrada nos 22.000 pontos, animado sobretudo pelos bons resultados empresariais que têm vindo a ser divulgados.Negócios

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